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domingo, 25 de outubro de 2009

Desenvolvimento Cognitivo do Indivíduo

Imagem Anne Geddes

A OBRA DE PIAGET: O CONSTRUTIVISMO


   Ao estudar o desenvolvimento mental, Jean PIAGET baseou-se em observações cuidadosas e detalhadas de crianças em situações naturais, como o lar e a escola.

   Criava hipóteses para explicar os fatos que observava e desenvolvia meios para testá-las: experimentos não-verbais, ao observar bebês, e experimentos verbais, ao observar crianças maiores.

   De acordo com sua teoria, todas as crianças se desenvolvem intelectualmente:

 Sensório motor ( 0 – 2 anos)

 Pré- operatório ( 2- 7 anos)

 Operatório Concreto ( 7- 11 anos)

 Operatório formal (11- 15 anos ou mais)

   A seqüência dos estágios é a mesma no desenvolvimento de todas as crianças, porém as idades em que se dá a mudança de um estágio para outro poderão variar.

Imagem Anne Geddes

ESTÁGIO SENSÓRIO- MOTOR


   Até um mês - Comportamentos como respirar, chorar ou sugar o leite materno são determinados hereditariamente e manifestam-se sob a forma de reflexos inatos.

   1 a 4 meses- O toque físico permite as primeiras adaptações e o reconhecimento do ambiente. Repetições sucessivas testam as reações, cujos resultados são assimilados e incorporados a novas situações.

   4 a 8 meses- Novos movimentos provocam ações sobre as coisas: toques sucessivos em móbiles, pequenos barulhos e movimentos que estimulam o interesse.

   8 a 12 meses- O bebê aplica formas já conhecidas por ele para resolver situações novas: sentado no cadeirão, pega com as mãos os alimentos e joga objetos no chão provocando reações diferentes.

   12 a 18 meses- As experiências com objetos ampliam os meios para entendimento de novas situações. A criança começa a considerar, por exemplo, que os objetos saem da visão, como uma bola atrás de uma almofada.

   18 A 24 MESES- Surgem combinações mentais e de ações. Os jogos de encaixe tornam-se instigantes. Há uma mudança qualitativa da organização da inteligência, que passa de sensível e motora para mental.


Imagem Anne Geddes

ESTÁGIO PRÉ-OPERATÓRIO


   Neste período, que vai dos 2 aos 7 anos, ocorre uma grande transformação na qualidade do pensamento em relação ao primeiro estágio.

   O pensamento da criança não está mais limitado a seu ambiente sensorial imediato em virtude do desenvolvimento da capacidade simbólica.

   A criança começa a usar símbolos mentais, imagens ou palavras, que representam coisas e pessoas que não estão presentes.

   Há uma verdadeira explosão lingüística, um considerável aumento de vocabulário, bem como da habilidade de entender e usar as palavras.

   A criança que, aos 2 anos, possuía um vocabulário de duzentas a trezentas palavras, por volta dos 5 anos entende mais de duas mil palavras e já forma sentenças gramaticalmente corretas.

   PIAGET notou, nesta fase, várias características do pensamento infantil:

 Egocentrismo: incapacidade de se colocar no ponto de vista de outra pessoa.

   Na teoria de PIAGET, “egocentrismo” não é um termo pejorativo, mas um modo característico do pensamento.

   De modo geral, as crianças pequenas, de 4 a 5 anos, são incapazes de aceitar o ponto de vista de outra pessoa quando este difere do delas.

 Centralização: a criança consegue perceber apenas um dos aspectos de um objeto ou acontecimento.

  Ela não relaciona entre si os diferentes aspectos ou dimensões de uma situação.

   Isto é, PIAGET diz que a criança, antes dos 7 anos, focaliza apenas uma única dimensão do estímulo, centralizando-se nela e sendo incapaz de levar em conta mais de uma dimensão ao mesmo tempo.

 Realismo nominal: Trata-se de um outro modo característico de a criança pequena pensar. Ela pensa que o nome faz parte do objeto, que é uma propriedade do objeto que ele representa.

   A criança bilíngüe parece adquirir, bem antes que as outras, a distinção entre o objeto e a palavra que o designa, por ter a experiência de que um objeto é chamado de determinada forma em uma língua, mas de forma bem diferente em outra.

 Classificação: Elas não usam um critério definido para fazer a tarefa.

   Agrupam as coisas ao acaso, pois não têm uma concepção real de princípios abstratos que orientem a classificação.

 Inclusão de classe. Embora aos 5 anos a criança já consiga classificar os objetos, ela ainda tem dificuldade de entender que uma coisa possa pertencer, ao mesmo tempo, a duas classes diferentes.

 Seriação: as crianças pequenas são incapazes de lidar com problemas de ordenação ou seriação.

 Conservação do número: Crianças pré-operacionais, mesmo que já saibam contar verbalmente 1, 2, 3, 4..., ainda não construíram o conceito de número.

 Irreversibilidade: muitas vezes, são incapazes de entender que as transformações que acontecem podem ser revertidas, voltar ao estado original.

 Animismo: Nesse estágio as crianças supõem que os objetos são vivos e capazes de sentir, que as pedras (e mesmo montanhas ) crescem, que os animais entendem a fala e também podem falar, e assim por diante.


OPERAÇÕES CONCRETAS


   Começam as operações chamadas de lógico-concretas, nas quais as respostas baseiam-se na observação do mundo e no conhecimento adquirido.

   É a fase de escolarização, dos primeiros textos e operações matemáticas.

 Internalização: uma ação pode ser realizada em pensamento tão bem quanto materialmente.

 Reversibilidade: implica em conservação e em possíveis transformações.

 Conservação: neste estágio, a capacidade de operar logicamente (descentrar, inverter e reverter operações) estabelece definitivamente a característica da conservação.

 Inclusão de classes: a criança tem noção mais avançada de classes, em sentido abstrato. Compreende relações entre classes e subclasses, reconhecendo que um objeto pode pertencer a duas delas simultaneamente.

 Conceito de número: com a habilidade de manipular símbolos e conceitos adquiridos neste período, as crianças se tornam capazes de compreender a aritmética.

Imagem Anne Geddes

OPERATÓRIO FORMAL


   Após os 12 anos, as operações lógicas serão realizadas entre as idéias, expressas numa linguagem qualquer (palavras ou símbolos), sem necessidade da percepção e da manipulação da realidade.

   O pensamento formal é, portanto, hipotético-dedutivo, isto é, capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses, e não somente através de observação real.
 
   O adolescente pode considerar hipóteses que talvez sejam ou não verdadeiras e examinar o que resultará se essas hipóteses forem verdadeiras. Ele pode acompanhar a “forma” de um argumento, embora ignore seu conteúdo concreto. É desta última característica que as operações formais recebem o nome.

   Um adolescente raciocina cientificamente, formulando hipóteses e comprovando-as, na realidade ou em pensamento. Enquanto o pensamento de uma criança mais nova envolve apenas objetos concretos, o adolescente já pode imaginar possibilidades. Quando tem por volta de 15 anos, o adolescente resolve problemas analisando-os logicamente e formulando hipóteses a respeito de resultados possíveis, a respeito do que poderia ocorrer.

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